Resgate da memória da ferrovia do Rio de Janeiro e dos lugares por onde ela passa. Histórias, curiosidades e sua importância no cotidiano carioca.
SAUDAÇÃO
Bem-vindos amigos! Saudações ferroviárias!
sábado, 19 de novembro de 2011
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
Uma homenagem ao pioneiro
Irineu Evangelista de Souza |
A personalidade empreendedora de Irineu Evangelista de Souza (1813-1889) tornou possível a implantação da ferrovia no Brasil. Gaúcho de Arroio Grande, veio para o Rio de Janeiro acompanhado de seu tio aos 11 anos de idade após a morte de seu pai. Trabalhou na casa de comércio do português, Antonio Pereira de Almeida, até conhecer o escocês Richard Carruthers que lhe empregou em sua empresa de importação aos 17 anos de idade. Com Carruthers aprendeu o idioma inglês e também contabilidade. Irineu demonstrou-se um jovem de grande potencial na arte de comerciar, chegando ao cargo de gerente aos 23 anos e em seguida tornou-se sócio da empresa.
Richard Carruthers |
Maria Joaquina (May) |
Nesta época Irineu começa sua carreira de industrial. Traz da Inglaterra a tecnologia necessária para realizar uma verdadeira onda de modernidade, industrializando um país essencialmente agrícola. Adquiri uma fundição de ferro em Ponta de Areia, Niterói, e a transforma num estaleiro para construções navais, cria uma companhia de navegação no Amazonas, canaliza o Rio Maracanã, promove a iluminação a gás do Rio de Janeiro e funda um novo Banco do Brasil. Irineu é citado por Julio Verne em sua obra "A Volta ao Mundo em 80 dias" quando o personagem Mister Fogg se refere a ele como o "único banqueiro confiável do hemisfério Sul".
A Baroneza |
No dia 30 de Abril de 1854, aos 40 anos de idade, Irineu Evangelista de Sousa, inaugura a Imperial Companhia de Navegação a Vapor e Estrada de Ferro de Petrópolis. Trata-se da primeira ferrovia do Brasil, que ligava a localidade de Mauá até Fragoso e ficou conhecida como Estrada de Ferro Mauá. Neste dia, que é o dia do ferroviário, Irineu recebe o título de "Barão de Mauá" e a locomotiva que percorreu o trajeto de 14,5 Km em 23 minutos, recebe o apelido de "Baroneza", em homenagem a sua esposa May. Esta locomotiva pertence ao acervo do Museu do Trem, no bairro do Engenho de Dentro. Mauá também possui o título de Patrono do Ministério dos Transportes.
Patrono do Ministério dos Transportes |
Brasão do Barão de Mauá - a locomotiva, o barco a vapor, quatro lampiões a gas e a inscrição LABOR IMPROBUS OMNIA VINCIT ( O trabalho honrado sempre vence ) |
Quando o Imperador começa a construir a nossa Estrada de Ferro Dom Pedro II, é com o aval do Barão de Mauá que isto se torna possível, inclusive colocando a disposição dos ingleses, responsáveis por sua construção, seus bens pessoais como garantia de pagamento do governo imperial.
Em 1874, instala o cabo telegráfico submarino ligando o Brasil a Europa, e por isso recebeu o título de Visconde de Mauá aos 61 anos de idade.
Crises políticas e econômicas fazem com que Irineu venda grande parte do seu patrimônio para saldar honrosamente suas dívidas e, ainda assim, já sexagenário, torna-se agenciador comercial de café fazendo um bom dinheiro.
Após uma vida de realizações pessoais e com o sentimento de ter colocado o Brasil no rumo do progresso, Mauá veio a falecer no dia 21 de outubro de 1889, aos 75 anos de idade, vitimado pelo Diabetes na sua residência em Petrópolis. Seu corpo é transportado de trem pela ferrovia que ele construiu para ser sepultado no Cemitério do Catumbi.
Visconde de Mauá |
Na literatura o livro "Mauá - Empresário do Império" - Jorge Caldeira. |
No cinema o filme "Mauá - O Imperador e o Rei" |
Distintivo da Loja Maçônica Barão de Mauá da cidade de Santos |
Estátua do Barão na Praça Mauá erguida em 1910 por iniciativa do Clube de Engenharia |
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